América/SAF

Ontem surgiu nas redes sociais e imprensa que o América corria um risco grande de o projeto da SAF ir de água abaixo. Tive a preocupação de conversar com o Presidente do Conselho o Sr. José Nunes, o mesmo me atendeu muito bem e deixou tudo esclarecido e disse que as notícias que estavam circulando não condiz com a verdade.

Vamos aos fatos: Desde o inicio das negociações com o grupo de empresários, ficou decidido que tudo passaria pelo conselho e como passou e de forma unanime. Quanto a comissão nomeada com Dr. José Rocha, Pignataro e Herbet Miranda, isso está dentro do próprio estatuto do conselho e essa comissão será apenas para analisar a documentação das empresas. Nada mais disso. Portanto tem muita gente fazendo terrorismo e torcendo para a SAF não acontecer. A SAF já é uma realidade e se não fosse o América não teria contratado um treinador caro e contratando jogadores de série B e até da série A, além de ir fazer uma pré temporada no CT do Retrô em Pernambuco.

Conselho decide hoje os destinos do América

Uma enquete realizada pela internet, mostrou que 95% dos torcedores americanos desejam ver a transformação do clube numa Sociedade Anônima do Futebol (SAF), questão que vai ser definida hoje, durante a reunião do conselho deliberativo do Alvirrubro. Membro do departamento jurídico, Diogo Pignataro, alertou que na verdade o que estará sendo decidido hoje, é que se os conselheiros vão aprovar o novo modelo de gestão e que não irá ocorrer assinatura de nenhum tipo de contrato, até porque ele não existe.

A proposta de realizar um investimento de R$ 175 milhões, em cinco anos no clube, que realmente se mostrou bem tentadora a um clube que vive uma grave crise financeira e que possui recursos limitados para montar a equipe para disputar a Série C do Brasileiro,  mexeu com o imaginário dos torcedores, mas não dos membros do conselho deliberativo, que antes de dar o passo definitivo, desejam que sejam apresentadas garantias jurí

O ponto pacífico é que a transformação em SAF é uma necessidade para os clubes que desejam se manter ativos no cenário nacional e disputando as principais competições do calendário, mas a empresa que vai passar a administrar o futebol do clube é uma incógnita ainda.
“Estivemos com os representantes da Hype e da XP Investimentos, mas essa proposta que estão veiculando não existe nada de oficial. Nem contrato ou sequer uma minuta. Não temos nada para analisar em relação a proposta oficialmente falando”, disse o advogado e conselheiro do América.
 “Quero apenas deixar claro que nesta quinta-feira o conselho vai se reunir apenas para dizer se aceita a transformação do clube numa empresa de sociedade anônima. Só depois disso é que iremos analisar as propostas que deverão chegar”, reforçou Pignataro.
Como parece ser uma negociação antiga com a atual diretoria, a Hype foi a primeira a demonstrar interesse, mas depois da decisão dos conselheiros, a empresa deverá dar o segundo passo oficializando a proposta e apresentando o contrato que as partes irão assinar.
Um dos pontos onde não há um acordo, é com relação a parte que caberá ao América dentro dessa sociedade. Inicialmente falaram em 10%, o percentual estabelecido na maioria das SAFs formalizadas no Brasil, mais precisamente com Botafogo, Cruzeiro e Vasco. Esse ponto foi contestado na reunião do conselho consultivo do clube, que reúne apenas os ex-presidentes, lá foi formalizada a proposta de que o América deve ficar com 30% das ações. As negociações continuam.
Nas negociações com ex-presidentes duas outras propostas foram apresentadas, mas rechaçadas de pronto. A primeira que oferecia 10% por um contrato de dez anos e a outra 20% por um contrato de 20 anos, que não chegaram sequer a ser debatidas.
“A questão é que, na América, se inverteu a ordem dos fatos. Normalmente o conselho vota a liberação para transformação do modelo de gestão, para depois começarem a receber propostas das empresas interessadas no negócio. Com a gente, veio primeiro a proposta de um interessado. Esse será um passo definitivo e não podemos ter açodamento neste momento tão importante para a história americana. Tudo tem de ser avaliado nos mínimos detalhes para evitar que lá na frente, algumas das partes venha a reclamar de prejuízos”, destacou Diogo Pignataro.
O advogado americano lembra que não adianta querer apressar as negociações, porque tudo terá de ser realizado dentro do estatuto do clube para se evitar margem de protesto mais na frente. As etapas para formalização do negócio terão de cumprir os prazos determinados pelo presidente do conselho deliberativo.
Além do mais, após a formalização da proposta, os conselheiros devem instalar comissões para avaliar o contrato apresentado, com prazo determinado para entrega da análise final. Neste contrato, deve estar estabelecido o montante total de investimentos, que segundo a empresa interessada em assumir a gestão do clube deve chegar a R$ 175 milhões, além disso o contrato terá de trazer qual a fonte pagadora e a garantia que o clube terá em relação a aplicação de tais recursos. Também devem ser definidas as cláusulas rescisórias.